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4 de outubro de 2013

SONHO - NAUFRÁGIO EM LAMPEDUSA



o barco do meu sonho parecia com este desta imagem só que era mais baixo encostando nas águas


SONHO  03/10/2013

SONHEI QUE ALGUÉM ME DAVA UMA VELA ACESA PARA SEGUIR UMA VIAGEM, E QUANDO EU CHEGAVA NUM LOCAL QUE PARECIA UM PORTO EU VIA UM BARCO LOTADO DE PESSOAS AO REDOR DELE, SÓ QUE COMO ERA NOITE E ERA TUDO MUITO ESCURO, EU VIA OS COLCHÕES COM COBERTORES QUE AS PESSOAS COLOCAVAM PARA CADA PASSAGEIRO, E CADA UM IA A VIAGEM DEITADO NO SEU COLCHÃO. CADA COLCHÃO TINHA DE DOIS A TRÊS COBERTORES À CABECEIRA DOBRADOS PARA A PESSOA QUE O OCUPASSE.
EU IA PEGAR ESTE BARCO PARA SEGUIR VIAGEM E COM A VELA ACESA, ALGUÉM ME MANDAVA PULAR PARA DENTRO DO BARCO, POIS EU ESTAVA NUM LOCAL ALTO COMO SE FOSSE NUM CAIS, E O MAR DE ÁGUAS MUITO LÍMPIDAS QUE  DAVA PARA VER O AZUL  DE SUA ÁGUA FICAVA MAIS ABAIXO.
EU PULAVA PARA O BARCO EM CIMA DO COLCHÃO ONDE EU IA FICAR - O MEU LUGAR - E DEVIDO PULAR COM A VELA ACESA EU FICO ASSUSTADA PORQUE A LUZ DA VELA FICA QUASE ENCOSTANDO  AO COLCHÃO E EU ME PREOCUPO COM MEDO DE PEGAR FOGO NOS COLCHÕES ESPALHADOS POR TODO O BARCO, ENTÃO EU PEÇO AJUDA A ALGUÉM. NESTE BARCO LOTADO SÓ HAVIA PESSOAS MUITO POBRES, ERAM HOMENS E MULHERES E APESAR DE SER NOITE, UMA NOITE MUITO ESCURA AS PESSOAS CONVERSAVAM MUITO, HAVIA CERTO BARULHO PORQUE O BARCO SEMPRE IA PEGANDO AS PESSOAS E AS QUE ESTAVAM NO BARCO AJUDAVA ORIENTANDO, MESMO ESTANDO DEITADAS EM SEUS COLCHÕES.
O BARCO BALANÇAVA MUITO E EU ESTAVA BEM PERTINHO DA ÁGUA DO MAR E TINHA O CUIDADO PARA NÃO ME MOLHAR E NEM OS COLCHÕES, SÓ FICAVA A OLHAR PARA O AZUL DA ÁGUA QUE EU  FICAVA ADMIRADA COM A SUA BELEZA.
DEPOIS EU ME VIA NUM LUGAR À BEIRA-MAR,  ALGUÉM ME MANDAVA SEGUIR NUMA FILA ENORME DE GENTE. ERA UMA FILA FORMADA PELAS MESMAS PESSOAS QUE ESTAVAM NO BARCO, EU ESTAVA COM ROUPA NOVA E SAPATOS PRETOR NOVOS E O LOCAL POR ONDE SEGUÍAMOS TINHA MUITA AREIA E EU DIZIA.
EU DEVIA TER COLOCADO A MINHA ROUPA PRETA DO DIA A DIA SE EU SOUBESSE QUE IA ANDAR POR ESTES CAMINHOS.
ESTA FILA ERA  PARA AS PESSOAS PEGAR SORVETE NUMA LANCHONETE, E EU SENTIA MUITA SEDE E FOME E SENTIA VONTADE DE CHEGAR LOGO A MINHA VEZ PORQUE ANSIAVA POR UM SORVETE. EU SAÍA DA FILA E SEGUIA POR UM BECO PORQUE ALGUÉM ME CONDUZIA E DIZIA QUE POR ALI EU IA CHEGAR MAIS RÁPIDO E RECEBER O SORVETE, ERA COMO SE FOSSE UM ATALHO.
TODAS AS PESSOAS ERAM MUITO POBRES E ERA COMO SE FOSSEM MENDIGOS EM BUSCA DE ALGO PARA COMER E ERA NOITE E TUDO ERA ESCURO.
QUANDO EU CHEGAVA À COZINHA DA LANCHONETE E QUANDO OLHAVA PARA A FILA QUE EU ESTAVA EU JÁ NÃO VIA AS MESMAS PESSOAS, MAS HAVIA UMA OUTRA FILA QUE DAVA PARA OUTRO LUGAR E EU FICAVA A ME PERGUNTAR PELA FILA QUE EU SEGUIA E QUE DAVA PARA A COZINHA DA LANCHONETE PARA RECEBER O SORVETE.
EU OLHAVA PARA AS PESSOAS QUE SERVIAM OS SORVETES E PERCEBIA QUE ELAS NÃO ESTAVAM DOANDO SORVETE, MAS VENDENDO. ESTAVA COM ROUPAS BRANCAS E USAVA PROTEÇÃO NA CABEÇA TAMBÉM.
EU FICAVA DESANIMADA PORQUE VIA QUE NÃO IA MATAR A MINHA SEDE E A MINHA FOME E A GRANDE VONTADE DE EXPERIMENTAR UM SORVETE, POIS QUANDO ESTAVA NA FILA IMAGINAVA QUE CADA UM SERVIA O QUANTO QUERIA E IMAGINAVA QUE SÓ IA ENCONTRAR AS VASILHAS PORQUE TODOS ESTAVAM COM MUITA FOME E SEDE, E MUITO ANSIOSOS, MAS EU SAIA DESTA FILA E LÁ ONDE FICAVAM OS SORVETES EU PROCURAVA ESTE POVO FAMINTO E JÁ NÃO OS VIA MAIS E FICAVA A ME PERGUNTAR PARA ONDE ELES ESTAVAM INDO QUE NÃO CHEGARAM ALI. A FILA ERA ENORME E TODOS SENTIAM MUITA FOME E MUITA SEDE.

OBS.
LOGO QUE ACORDEI FIQUEI A IMAGINAR QUE HAVIA TIDO UMA VISÃO DO INFERNO.
LOGO APÓS EU ENTREI NO FACEBOOK E ENCONTREI UMA MENSAGEM DO PAPA PEDINDO ORAÇÃO PELO NAUFRÁGIO DE UM BARCO, SENTI VONTADE DE VER DO QUE SE TRATAVA E PELO QUE VI ACREDITO QUE ESTE SONHO POSSA TER ALGUMA RELAÇÃO COM ESTE ACONTECIMENTO..








  
QUINTA-FEIRA 03/10/2013
Mais de 100 refugiados mortos em naufrágio próximo a Ilha de Lampedusa

Barco com imigrantes ilegais africanos afundou, após ter se incendiado. Trata-se do segundo naufrágio com refugiados em menos de uma semana. Mais de 100 corpos foram recolhidos, e número de mortos tende a aumentar.

Pelo menos 130 passageiros morreram no naufrágio de um barco com cerca de 500 imigrantes ilegais africanos, que tentavam chegar à ilha italiana de Lampedusa, no sul da Sicília. Entre os mortos estão crianças e mulheres, informou a agência de notícias Ansa nesta quinta-feira (03/10). O barco pegou fogo e virou diante da vizinha Ilha dos Coelhos.
A governadora da Ilha de Lampedusa, Giusi Nicolini, adiantou que a contagem de mortos poderá aumentar, já que "o mar está cheio de corpos". Cerca de 220 passageiros ainda estão desaparecidos. Ela acrescentou que a polícia deteve, entre os sobreviventes, uma pessoa que se presume ser o traficante responsável pela embarcação.
A agência de saúde de Palermo, que coordena a assistência aos imigrantes resgatados, adiantou que pelo menos 150 estão a salvo, entre eles, dezenas de crianças, algumas com poucos meses, e várias mulheres grávidas.
Em sua maioria, os imigrantes vinham da Eritreia e Somália, segundo informações próprias, e partiram provavelmente da Líbia em direção a Lampedusa. De acordo com Nicolini, os próprios imigrantes teriam feito uma fogueira no deque do navio, a fim de chamar a atenção das autoridades para sua situação. Contudo o fogo se espalhou, provocando pânico entre os passageiros, e o navio afundou.
Quatro barcos da guarda costeira e da polícia e dois helicópteros estão à procura de sobreviventes. Todos os anos, milhares de refugiados tentam chegar à Itália, partindo do continente africano em barcos superlotados. A maioria aporta em Lampedusa, localizada a cerca de 110 quilômetros da costa da Tunísia. A população da ilha de 380 hectares, é de aproximadamente 6 mil. O número dos imigrantes ultrapassa várias vezes o dos habitantes regulares.
Mais proteção a direitos de refugiados
Segundo a agência de notícias Lusa, durante a noite outro barco já chegara à ilha, trazendo 463 imigrantes sem documentos. Eles foram transferidos para o centro de acolhimento de Lampedusa, que na quarta-feira já havia atingido sua capacidade máxima de acolhimento, de 700 pessoas.
Trata-se do segundo naufrágio com imigrantes ilegais em menos de uma semana. Em 30 de setembro, 13 imigrantes morreram ao serem obrigados pelos traficantes a saltarem do barco em que viajavam, apesar do mar revolto e de não saberem nadar.
O grupo de 200 refugiados foi obrigado a atirar-se ao mar a poucos metros da praia do Pisciotto na localidade de Scicli, na província siciliana de Ragusa. Em 10 de agosto, outros seis imigrantes morreram ao tentar alcançar a nado a costa da Sicília, depois de seu barco, com cerca de cem passageiros da Síria e do Egito, ter encalhado.
Após mais um drama de refugiados na costa italiana, a comissária europeia de Assuntos Internos, Cecilia Malmström, exigiu da União Europeia mais esforços conjuntos em relação à política de imigração. "Temos que duplicar nossos esforços na luta contra os atravessadores, que exploram o desespero humano", disse Malmström nesta quinta-feira, através do Twitter.
A comissária europeia exigiu uma melhor proteção para os direitos dos imigrantes e mais possibilidades legais para refugiados que querem vir para a Europa.

SEXTA-FEIRA 04/10/2013

Itália chora os imigrantes mortos no naufrágio de Lampedusa
A Itália estava de luto hoje após a morte de cerca de 300 imigrantes africanos no naufrágio de uma embarcação perto da ilha de Lampedusa
O papa Francisco afirmou, durante uma missa celebrada nesta sexta-feira em Assis (centro da Itália), a cidade de São Francisco, que "hoje é um dia de lágrimas porque o mundo não se importa se as pessoas fogem da escravidão ou da fome em busca de liberdade".
Segundo as autoridades, o navio afundou perto da ilha dos Coelhos, a 550 metros da ilha de Lampedusa, onde o mar tem uma profundidade de 30 a 45 metros.
A embarcação teria partido da Líbia com 450 a 500 imigrantes a bordo. Apenas 150 foram resgatadas com vida até o momento, o que faz temer um balanço de aproximadamente 300 mortos, incluindo muitas mulheres e crianças.
"Não há mais esperança de encontrar sobreviventes", declarou à AFP um membro da Guarda de Finanças, a polícia financeira que opera neste setor.
As buscas foram temporariamente interrompidas por causa do mau tempo.
Um total de 111 corpos foi encontrado por mergulhadores da guarda-costeira, dentro e nas imediações da embarcação.
Os socorristas temem que muitos corpos tenham sido arrastados para alto-mar pelas correntes marítimas.
"Aqui já não há mais lugar para os vivos nem para os mortos", disse emocionada na quinta-feira a prefeita de Lampedusa, Giusi Nicolini. "É um horror, um horror, não param de trazer corpos", acrescentou.
Tudo parece indicar que a embarcação sofreu uma avaria e, por isso, os imigrantes resolveram acender um fogo para chamar a atenção das autoridades italianas depois de permanecerem por horas em alto-mar.

Mas a embarcação sofreu um incêndio, o que gerou pânico e muitos imigrantes se jogaram ao mar, o que desestabilizou o barco, que virou.




ilha de Lampedusa

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